segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Espiral de Ervas

No projeto permacultural, a espiral de ervas é posicionada tradicionalmente o mais próximo possível da cozinha, para facilitar o acesso. As ervas são usadas para alimentação (como temperos e bebidas saudáveis) e para cura. Se o pátio de sua casa é pequeno, uma série de espirais de ervas pode ser o jardim ideal, pois além de bonitas, elas economizam espaço, sem deixar de produzir.
Com pedras, tijolos, telhas ou bamboo, marque uma base circular de 1,6m de diâmetro. Antes que o círculo se complete, comece a empilhar as pedras, formando uma espiral voltada para dentro.
Para ganhar altura, cuidadosamente introduza mais pedras, enquanto a espiral é preenchida com solo.
À medida que a espiral sobe, os espaços produtivos e as bordas aumentam, criando diferentes microclimas úteis.
Plante as ervas considerando a variação de solo e as necessidades de cada planta. O topo da espiral tende a ser mais seco e a base mais úmida (até mesmo pantanosa). Enquanto houver bastante sol em um dos lados, haverá sombra no outro.











segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Atraindo BORBOLETAS

"O segredo não é correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você." (Mário Quintana)


As borboletas são criaturas encantadoras e parte integrante do ecossistema. Interdependentes da natureza, sua principal função é a polinização das flores e a consequente produção de frutos e sementes.

As flores-borboleta, ou asclépias (Asclepias physocarpa), fornecem às borboletas monarcas alimento e local para cuidar de suas larvas, além de uma defesa química eficaz contra vários predadores. As monarcas extraem essa substância presente nas asclépias, tornando-se venenosas à maioria dos vertebrados. Mas atualmente estas flores são alvo da pulverização em larga escala de pesticidas ao longo das estradas e nas propriedades rurais. Com isso, as populações de borboletas também estão ameaçadas.

Para atrair borboletas e garantir que elas residam em seu jardim, é preciso fornecer néctar, através de determinadas plantas anfitriãs nativas da sua região, que servem de abrigo e comida para seu estágio inicial (lagartas). Na fase adulta, procuram alimento em flores vermelhas, laranjas, rosas e roxas, planas, agrupadas ou em forma de tubos, das quais conseguem extrair o néctar.

Borboletas precisam de sol para orientação e para secar e esquentar suas asas para o vôo. Uma pequena bacia d'água com pedras lisas é ideal para descansarem e tomarem um pouco de sol. Crie quebra-ventos onde for preciso, pois a brisa calma permite que elas voem livremente.

Experimente atrair borboletas com as plantas listadas abaixo:

Evolvulus glomeratus – azulzinha
Calendula officialis – calêndula
Zinnia elegans – zínia
Bidens sulphurea – cosmo amarelo
Echinacea purpurea – cometa roxo
Helianthus laetiflorus – girassol
Wedelia paludosa – mal-me-quer
Tithonia sp – margarida mexicana
Achillea millefolium – mil folhas
Pentas lanceolata – estrela-do-egito
Justicia brandegeana – camarão
Lantana camara – lantana-cambará
Thunbergia fragrans – tumbérgia-branca









FONTES: "Soluções Sustentáveis - Permacultura Urbana", "Plantas Ornamentais no Brasil" e "Plantas Tropicais: Guia Prático para o Novo Paisagismo Brasileiro"